7 dias - Detecção

e-Book: Desvendando os mistérios da epidemiologia

A medição precisa do tempo entre o surgimento do surto e sua detecção geralmente exige uma análise retrospectiva, realizada após a investigação completa do evento.

Um estudo de 2010, que analisou 281 surtos verificados pela OMS entre 1996 e 2009, revelou uma melhora significativa no tempo de detecção de surtos. A média de tempo entre o início do surto e sua descoberta diminuiu de 29,5 dias para 13,5 dias. Considerando que a maioria dos surtos e atrasos ocorria na África, a OMS reavaliou as métricas de oportunidade, analisando 296 surtos na região africana notificados através da estratégia de Vigilância e Resposta Integrada às Doenças entre 2017 e 2019 (Frieden et al. 2021).

Nessa análise, a mediana para o tempo de detecção foi de 8 dias (intervalo de 2 a 28 dias), demonstrando uma melhora substancial na detecção e indicando avanços nos sistemas de vigilância. Um estudo sobre os intervalos de oportunidade para surtos em estados frágeis entre 2000 e 2010 mostrou um atraso médio similar de 29 dias (intervalo de 7 a 80 dias) para a descoberta de surtos. Embora a meta de detecção em 7 dias seja ambiciosa e varie conforme o patógeno, os dados da África demonstram que essa detecção precoce é possível(Frieden et al. 2021).

Desvendando os Mistérios da Epidemiologia