1 Tipologia de estudos
Estudos epidemiológicos são investigações realizadas para entender a distribuição, os determinantes e os padrões de eventos relacionados à saúde em populações específicas. Através destes estudos, os pesquisadores buscam entender como e por que doenças e outros eventos de saúde ocorrem em determinados grupos de pessoas. Eles são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção, controle e tratamento de doenças.
Existem diferentes tipos de estudos epidemiológicos, e cada um tem sua própria metodologia e propósito específico. Aqui estão os principais tipos:
Estudos Descritivos: Estes se concentram em descrever a ocorrência de eventos de saúde, em termos de tempo, lugar e pessoa. Por exemplo, podem detalhar o número de casos de uma doença específica em diferentes regiões ao longo do tempo.
Estudos Analíticos: Estes são projetados para testar hipóteses e identificar relações entre fatores de risco (ou proteção) e desfechos de saúde. Eles se dividem em:
Estudos de Coorte: Acompanham um grupo de pessoas ao longo do tempo para ver quem desenvolve a doença ou condição de interesse. Por exemplo, um estudo de coorte pode acompanhar fumantes e não fumantes por vários anos para comparar a incidência de câncer de pulmão entre os dois grupos.
Estudos Caso-controle: Começam com pessoas que têm uma doença (casos) e as comparam a pessoas sem a doença (controles) para identificar fatores de risco ou proteção. Por exemplo, ao estudar a relação entre dieta e câncer de cólon, pesquisadores podem comparar a dieta de pessoas com câncer de cólon (casos) à dieta de pessoas sem a doença (controles).
Estudos Transversais (ou de Prevalência): Avaliam a relação entre doenças (ou outras condições de saúde) e outros fatores de interesse em uma população em um ponto específico no tempo. Eles são como um “instantâneo” da população em um dado momento.
Ensaios Clínicos Randomizados (ECRs): São estudos experimentais em que os participantes são aleatoriamente designados para diferentes grupos de tratamento para testar a eficácia de intervenções médicas, como medicamentos ou terapias.
Estudos Ecológicos: Estes comparam as taxas de doença entre populações diferentes em relação a variáveis populacionais, como padrões de dieta ou exposição a toxinas ambientais.
Estudos epidemiológicos são a espinha dorsal da saúde pública e desempenham um papel crucial na formação de políticas de saúde, na identificação de fatores de risco para doenças e na determinação da eficácia de novos tratamentos ou intervenções.
Fontes de dados abertos do SUS
Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) atuam como ferramentas que processam dados obtidos em estabelecimentos de saúde e outros contextos para fornecer informações valiosas. Essas informações auxiliam tanto na identificação de problemas de saúde quanto na tomada de decisões políticas e cuidados médicos. No contexto brasileiro, esses sistemas são referidos como bases de dados nacionais geridas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quando possuem escopo nacional. Geralmente, a gestão dos dados e a manutenção do software ficam a cargo do Ministério da Saúde.
Veja o vídeo abaixo para aprender a pesquisar e baixar estas bases.