Bases de dados
Estrutura dos Dados nos Sistemas de Informação em Saúde
As bases de dados dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS), disponibilizadas publicamente, são desidentificadas, ou seja, não contêm informações que permitam identificar diretamente as pessoas. Isso preserva a privacidade dos indivíduos, ao mesmo tempo em que permite o acesso e a fiscalização pela sociedade, garantindo a transparência na gestão dos dados.
Esses dados podem ser classificados em dois tipos principais:
Dados desagregados: Cada linha da base de dados representa uma pessoa, um estabelecimento ou um evento específico, e as colunas contêm informações detalhadas sobre essa unidade. Esse formato oferece maior granularidade e permite análises detalhadas.
Dados agregados: Representam a soma ou média de valores de uma determinada população ou região. Por exemplo, uma tabela onde cada linha representa um estado e as colunas mostram médias de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade ou incidência de uma doença).
Os dados desagregados são chamados de microdados.
Microdados nos Sistemas de Informação em Saúde
Os microdados são informações detalhadas coletadas na rotina dos serviços de saúde, por meio de fichas de notificação, prontuários médicos, além de estudos e censos, que representam dados individuais ou registros brutos sobre pessoas, estabelecimentos de saúde ou eventos. Esses dados são apresentados de forma desagregada, ou seja, cada linha da base de microdados corresponde a uma unidade de observação, como um paciente, um procedimento, ou uma notificação de agravo.
Por exemplo, em sistemas como o SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), cada registro de notificação de doença constitui uma linha da base de microdados, com colunas que descrevem detalhes sobre o agravo, o paciente, e as circunstâncias do atendimento (como local e data). Isso permite que os profissionais de saúde realizem análises detalhadas, como identificar padrões de disseminação de doenças ou avaliar a eficácia de campanhas de vacinação.
Diferença entre Microdados e Dados Agregados
Os microdados oferecem uma visão detalhada, com cada observação individual preservada, permitindo análises profundas e flexíveis. Já os dados agregados são gerados a partir de microdados, ao serem consolidados para representar informações em nível mais geral, como a soma ou a média de um conjunto de dados. Um exemplo de dados agregados seria uma tabela onde cada linha representa um estado ou município e as colunas contêm indicadores consolidados, como a taxa de vacinação ou a mortalidade por doença.
Os microdados são essenciais para estudos epidemiológicos, planejamento de políticas de saúde e monitoramento de programas. A riqueza de detalhes permite realizar análises específicas sobre diferentes grupos populacionais, regiões e períodos, e possibilita a criação de modelos preditivos e simulações, sempre respeitando as diretrizes de privacidade e ética.